sexta-feira, 11 de maio de 2012

Fora de Burns - Juliana Ferreira


Povo de Burns, hoje vou apresentar para você uma autora super querida – e uma amiga <333 – e talentosa que terminou agora há pouco de escrever seu terceiro livro. Juliana Ferreira já tem dois livros publicados:
Minhas Lembranças (skoob)
O Amor dá Uma Segunda Chance (skoob)

Espero que vocês curtam  a entrevista que fiz com a Juu e comentem esse Fora de Burns muito especial.

– Quem é Juliana Ferreira?
  
Juliana é uma jovem como qualquer outra, porém diferente em muitos aspectos, como em seus gostos para música, sua forma de pensar sobre as pessoas e o mundo. Gosta de observar as pessoas quase querendo ser invisível.

– Escrever sempre foi um hobby ou é bem mais que isso? Sempre foi?

Desde que comecei a escrever meus contos no primeiro blog que tive, escrever começou a ser meu hobby, mas hoje é mais que uma distração, é minha paixão; É um momento em que simplesmente consigo achar um ponto de equilíbrio dentro de mim e pôr para fora tudo o que não posso colocar.

– Teve aquele momento em que você pensou “é isso, vou escrever um livro!”? Se sim, nos conte como e quando foi.

   Comecei a ler aos 15 anos, beeem tarde, e o primeiro livro que li foi Twilight, achei incrível, comprei os três primeiros livros e fiquei bastante apreensiva em não conseguir ler, mas consegui e depois disso veio muito mais livros até que aos dezessete anos pensei “preciso escrever um livro, um livro que faça as mesmas coisas que estes que leio fazem em mim”. Eu queria simplesmente causar nas pessoas reações que os livros que eu lia causavam. Então comecei a escrever, mas não foi fácil, o momento mais difícil de um escritor é o começo quando não tem experiência, não tem noção de tamanho, de desenvolvimento e evolução dos personagens. Mas apesar de ter sido difícil, eu não desisti e cheguei ao meu primeiro livro “Minhas Lembranças” que claro, não é aquilo tudo, mas muitas pessoas gostaram.

– Fale um pouco sobre seu primeiro livro, Minhas Lembranças.

Quando Ônix perde seus pais em um acidente na estrada principal da Dinamarca a caminho da comemoração da sua formatura, ela não sabia que poderia sentir o que sentiu. Culpava a si mesma por ter causado aquele desastre e o pior se lamentava por não ter dado o devido valor aos seus pais. Mas já era tarde demais. Seus tios de criação ficam cientes do acidente e então convidam Ônix para morar com eles no interior de Londres. Apesar de estar confusa e muito mal, Ônix se dá a oportunidade de reviver. E fazendo isso ela encontra com o seu velho amigo de infância. Calebe fez Ônix esquecer da sua própria dor assim que ela olhou aqueles olhos verdes melancólicos. Descobrindo o porquê da melancolia Ônix soube que aquele sentimento de amizade já não poderia ser mais chamado de amizade.
   Sabe quando você começa um livro pensando em fazer algo legal? Foi assim que quis, apesar de não ter conseguido desenvolver o suficiente, mas Calebe e Ônix são personagens totalmente avessos ao que sou: ela é totalmente prestativa, ele cheio de amor e no final fazem um casal perfeito. Quando eu terminei pensei “Como consegui escrever personagens assim?”. Quis passar uma mensagem sobre perdas, porém passei essa mensagem melhor no meu segundo livro.

– Como foi o próximo de escrita de Minhas Lembranças? Quanto tempo demorou escrevendo? E para publicá-lo?

Ah demorou um ano, desde que comecei até publicar.

– Por que o nome “Ônix”? (Ônix é a protagonista de Minhas Lembranças)

Quando eu lia sobre signos, a pedra Onix era a pedra do meu signo. E eu sempre amei a cor dessa pedra em especial, então assim dei esse nome a minha personagem.

– O livro se passa na Inglaterra. Teve muitas pesquisas ou você preferiu escrever de acordo com sua imaginação?

Na época eu não pesquisei muito sobre a geografia de Londres, tanto é que nem tem referencias nem nada, uma pena, mas eu era tão novinha e nem ia fazer uma tiragem que não me preocupei em fazer isso.

– Ônix tem certos “poderes sobrenaturais”... O que a levou falar sobre isso? Você acredita em “fantasmas”?

Bom, na época eu lia só livros sobrenaturais, então, o que nós lemos é o que escrevemos. Mas tirando isso, claro que acredito, porém não em fantasmas, mas em demônios.

Duas vidas, duas perdas, duas reações diferentes. Ailli Tecknovs, é uma linda jovem de 20 anos, os pais, sempre trabalharam no ramo da moda. Ailli cresceu em um lar onde tudo era rico, onde tinha tudo, ela era fútil até conhecer Oliver. Um rapaz pobre que não vivia no mesmo mundo e realidade que ela, um amor impossível acontece e é interrompido pela morte. Agora Ailli é uma pessoa diferente, Oliver foi o responsável pela mudança. Mas Ailli está sem rumo, sem chão, ela amava Oliver. Quando Ailli se muda de Dublin para Letterkenny uma cidade do Condado de Donegal ela percebe que talvez depois de dois anos de sofrimento sua vida mude. Ao conhecer três pessoas, Ava, Peter e Abraham. Os três principalmente Abraham vão doar um raio de sol para a escuridão de Ailli. Abraham sentiu na pele o que é perder alguém mas através dele Ailli percebe que tudo o que acontece tem um porque. E que para todas as coisas existe um tempo determinado. 

– O Amor Dá Uma Segunda Chance, seu segundo livro, nos fale sobre ele.

Meu segundo livro é muito mais significativo para mim, por eu ter trabalhado muito mais nele para realmente saber que várias pessoas o leriam. Escrevi esse livro para pessoas que perderam seus noivos, suas noivas, seus pais e mães. Como eu. A vida fica totalmente desconecta quando perdemos alguém que morava conosco, sabemos que aquela pessoa nunca mais dará um simples sorriso para nós. É muito difícil superar a perda, aceitar, e simplesmente seguir em frente. Demora muito para a dor virar saudade, então, por isso, que escrevi sobre a Ailli que acabou de perder o namorado que tanto amava, mas que vai conhecer Abraham que também perdeu o pai. O sentimento de compreensão é o melhor nesses momentos.

– Por que esse título?

Bom, claro que sabemos que o “amor” dá várias chances, não só a segunda, mas quis frisar o amor humano para com Deus em questão. O amor de Deus é ágape, está muito acima do que podemos entender. O nosso amor humano é limitado, se uma pessoa nos ferir não iremos mais vê-la como víamos, ao contrário de Deus, que nos ama incondicionalmente. Então decidi colocar no título o amor de Ailli para com Deus.

– Você sentia-se mais segura ao escrevê-lo já que foi seu segundo?

Muito mais! Sabia o que iria fazer, qual seria o começo, meio e fim. E foi bem mais fácil passar a mensagem.

– Tanto em Minhas Lembranças quanto em O Amor Dá Uma Segunda Chance, as protagonistas perderam pessoas importantes e quase acabaram destruídas pela dor. Qual o seu motivo para escrever sobre o assunto?

Como eu, acredito que muitas pessoas não dão o devido valor aos pais, principalmente por eles, a questão é que achamos que nossa mãe e pai não vão morrer agora e que podemos, sei lá, amá-los mais amanhã ou depois. Era isso que eu pensava, meu pai e eu éramos muitoo iguais em termos de amor, pareciam dois gatos. Sinceramente, não lembro de ter dito “eu te amo” para o meu próprio pai e nem tive tempo para fazer isso, então é muito difícil de aceitar que não disse isso para ele, é como se ele tivesse partido sem saber que eu o amava mesmo. Meus dois livros passam essa mensagem de morte para alertar o leitor que o tempo é curto e não temos o relatório da morte para ver quanto tempo nossos entes queridos ainda têm de vida.

– O Amor Dá Uma Segunda Chance se passa na Irlanda. Por que escolheu esse país em questão para ser o cenário de sua história?

Escolhi a Irlanda porque amo música Celta, e um dia estava escutando Florence and the Machine e pensei “tá ai, vou escrever meu 2° livro na Irlanda” e assim foi.

– Eu, NY e Você. Seu recém-terminado terceiro livro. Nos conte sobre seu caçula!

Sabe quando você pena numa ideia e ela não evolui de jeito nenhum? Estava tentando escrever meu terceiro livro desde Outubro. E nada. Aí em abril tive uma ideia e comecei a escrever, em um mês consegui escrever tudo. É uma comédia romântica bem diferente do que eu costumo escrever: Sofia e Derek são colocados juntos para realizar uma gincana muito maluca que vai levar os primeiros colocados ao país que desejarem. Até chegar em Nova York os dois vão fazer muita loucura.

– Apesar de o título sugerir New York, o livro se passa no Brasil e seus personagens são brasileiros, ao contrário de seus dois primeiros livros. Por que a mudança?

Porque eu percebi que o Brasil, ou melhor, a minha cidade, deveria ganhar um livro especial, tanto é que no livro têm cenas em vários pontos turísticos. E sem contar que é mais real quando falamos de um lugar quando já estivemos nele.

– Outra coisa diferente em Eu, NY e Você é o humor, enquanto Minhas Lembranças e O Amor Dá Uma Segunda Chance podem ser considerados dramas. O que a fez mudar de gênero?

Sinceramente, eu estava cansada de chorar lendo livros, acho que tudo tem sua fase, nós leitores, às vezes, queremos ler comédia, e, na outra semana, ação e, na outra, um drama. Então não queria escrever mais um livro dramático, agora queria fazer meus leitores rirem.

– O que gostou mais de escrever, drama ou comédia?

Escrever drama faz parte de mim, mas a comédia é uma delícia de escrever, você se diverte escrevendo, vibra, ri demais, e o romance fica bem mais leve.

– Sofia e Derek, protagonistas de Eu, NY e Você, são apaixonados por trilhas sonoras de filmes e muitas músicas são citadas no decorrer do livro. Você gosta de música tanto quanto eles? Os filmes citados são seus preferidos?

       Acredito que no meu sangue haja pautas musicais, eu amo música! Cresci escutando, vendo meu pai tocar, cantei muitas vezes com ele, minha irmã cresceu tocando piano, minha mãe toca teclado e eu toco violino. Então, já percebeu que realmente a música vibra aqui em casa. Os filmes citados são sim meus preferidos.

– Na hora de escrever, quais são suas maiores inspirações?

     A música que tá tocando rs, Só consigo escrever escutando música.

– Entre todos os personagens de seus três livros, tem aquele preferido? E aquele menos preferido?

Tem sim, acho que podemos explicar melhor quando gostamos de escrever mais um personagem do que o outro.

– Como leitora, você lê e apoia autores nacionais? Pode citar alguns?

Leio e apoio com certeza! Apoiamos muito mais quando viramos um. Bom, gosto muito (coloca aí um caminhão de muito) da Paula Pimenta, Lycia Barros, da M.L Bastilho (não posso deixar de fora, seu livro é incrível!), da Bianca Briones, dos que eu li, essas são minhas prediletas.

– The Burns é de vampiros. Você gosta deles? Escreveria sobre o tema?

Não, rs não escreveria.

– Qual sua dica para os novos autores que têm surgido por aí?

Minha dica é a mesma de sempre. Espere. Às vezes ficamos tão empolgados quando terminamos um livro que pensamos que ele já vai vender 1.000 exemplares, e não é assim que acontece. Então o quanto mais tempo você der para seu exemplar amadurecer e você perceber realmente que é aquilo que você quer que muitas pessoas leiam, aí sim, você publica.


Rapidinhas:

– Uma palavra: Deus
– Um sentimento: Amor
– Um livro que marcou: Cante Para Eu Dormir
– Um livro que odiou: Fallen
– Uma música: Never let me go (Florence and the Machine)
– Um filme: O Primeiro Amor
– Nova Iorque, Irlanda ou Inglaterra? Inglaterra!!!
– O Amor Dá Uma Segunda Chance? Várias!!!
– Minhas Lembranças favoritas são... Meu pai.
– Quem você levaria hoje para a NY? Minha mãe.
– Uma frase: O tempo é tão curto que se eu pudesse pará-lo... Eu pararia.

~ Juu, agora é agora é livre. Fale o que quiser, chame os leitores para conhecer seus livros, deixe um recado, fique à vontade:

Ok galerinha! Se for para escrever um livro que sejam suas verdades! Não escreva o que está na moda pensando em vender, não!!! Escrevam algo que vá refletir nas outras pessoas como um espelho. E acreditem no trabalho de vocês mesmo que várias pessoas deem opiniões como se fossem um crítico formado. Desde que comecei a escrever, a única coisa que eu pensava era nos meus pais, então obrigada por vocês perceberem isso nas páginas dos meus livros. Agradeço as leitoras e leitores!

E aí? Gostaram? Não deixem de conhecer o blog da Juu –


Beijos,
Marcinha


~  comentários me fazem sorrir ~

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